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domingo, 16 de outubro de 2011

Futsal - A Dinastia da Camisa 12



Anos 80: Surge para o futebol de salão, Jackson, de Minas Gerais para conquistar o mundo. Jackson foi considerado o melhor jogador dos campeonatos mundiais de 82 (no Brasil) e 85 (na Espanha). Bicampeão mundial. Um dos maiores jogadores de futebol de salão do mundo encantou com seu dribles e chutes com extrema perfeição. Quieto, simpático, extremamente disciplinado e capaz de lances geniais. Marcou gols nas duas finais e levou o Brasil ao topo do mundo.

Anos 90: O guerreiro, o líder, o capitão. Vander Iacovino, bicampeão mundial em 92 e 96, o mais jovem treinador que a seleção brasileira já teve. O jogador paulista é um dos maiores ícones do futsal brasileiro. Marcou 87 gols com a camisa da seleção brasileira de futsal

Atualidade: O gênio, o craque, o melhor do mundo na atualidade, Falcão - o rei do futsal. Eleito pela FIFA o melhor jogador do mundo. Seus dribles, suas carretilhas e seu talento encantam o mundo do futsal. O paulista Falcão fez renascer a alegria do futsal. Seus lances são pura magia, algo às vezes incompreendido aos olhos dos críticos, mas brilhantemente executados e aclamados pelos seus inúmeros fãs.

O que estes craques tem em comum? A camisa doze. Formaram, no Brasil, a Dinastia da camisa 12. O maior legado do futsal brasileiro, os maiores jogadores de todos os tempos com o mesmo número. Será uma profecia? Um estígma? Não importa, o que interessa é que a camisa 12 é símbolo de vitória.

Jackson - o 1° camisa 12 do futsal


Jackson João Bosco Moreira dos Santos nasceu em Santa Barbara (MG), em 16 de novembro de 1956. Foi bicampeão mundial pela Seleção Brasileira de Futsal, em 1982 e 1985. Marcou 73 gols com a camisa do Brasil. Foi o autor do gol do título contra o Paraguai, em 1982 e contra a Espanha em 1985.

O atleta é reconhecido como um grande craque do futsal, é formado em Economia e atualmente é proprietário de uma loja de artigos esportivos, a Jackson Esportes, em Belo Horizonte.

Jackson, camisa 12 dos anos 80, recebeu o prêmio de melhor jogador do ano pelo Comitê Olímpico Brasileiro. Entre os inúmeros títulos individuais, Jackson ainda foi bicampeão Mundial de Futebol de Salão e Campeão Mundial Universitário.

1982 - Melhor Atleta do Ano - Pelo Comitê Olímpico Brasileiro
1983 - Melhor Jogador de Futsal - Comitê Olímpico Brasileiro
1990 - Medalha de Mérito Desportivo - Comitê Olímpico Brasileiro

Iniciou sua carreira aos 13 anos, no Clube Olympico. Em 1974, na categoria Juvenil, Jackson já dava sinais de uma carreira brilhante. No ano seguinte alcançava idade para integrar a categoria principal, mas ainda não era o momento e integrou a categoria denominada "aspirantes", para muitos um refugo, mas para ele, mais um aprendizado. Ressalta: "Graças a Deus existia essa categoria, pois, do contrário, eu estaria parando por ali mesmo". Na equipe de aspirantes conquistou o bicampeonato mineiro.

No final de 1976 vários atletas de Minas Gerais foram convocados para o Campeonato Brasileiro de Seleções, que aconteceu em Porto Alegre. Vários deles, por diferentes razões, recusaram o convite. Márcio Caio, técnico da Seleção Mineira, convocou o ala-esquerda que vinha se destacando entre os aspirantes. Assim, Jackson foi convocado e seguiu com a delegação. No campeonato o atleta deparou-se com o que havia de melhor nas quadras brasileiras: equipes de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Rio Grande do Sul.

A equipe mineira não estava bem no torneio e o treinador resolveu experimentar o ala Jackson, que terminou o torneio como titular absoluto. Minas Gerais não venceu, mas o então treinador da Seleção Brasileira, naquela época C.B.D., Marcos Barbosa, deu a seguinte declaração: "O campeonato de seleções estaduais foi como eu esperava e a equipe do Rio Grande do Sul, que contava com atletas mais experientes, sagrou-se campeã. O destaque fica por conta do ala-esquerda de Minas, grata revelação, um jogador inteligente e objetivo e, na minha opinião, o melhor deste torneio".

De volta a Belo Horizonte, no final de 77, Jackson passou a integrar a equipe principal do Olympico Club onde permaneceu até o final de 83, angariando vários títulos nacionais e internacionais. Depois, o atleta atuou em outras grandes equipes como o Clube Atlético Mineiro, Perdigão de Santa Catarina, Swift-Bordon de Santos e encerrou sua gloriosa carreira no Minas Tênis Clube, em 1995, como campeão mineiro.

A Seleção Brasileira e a camisa 12
Jackson vestiu a camisa da Seleção Brasileira por vários anos consecutivos, conquistando inúmeros títulos. A primeira convocação foi em 1979 para disputar o torneio Sul-Americano, em Bogotá, onde conquistou seu primeiro título e, daí para frente, a relação de títulos foi extensa. Ele conta que "na convocação seguinte, para o mundial de 82, eu ainda era considerado um novato e na hora de escolher o número da camisa, os mais antigos como Leonel, Miral e Branquinho, tinham o privilégio da escolha. Dessa forma, eu deixei que todos escolhessem. Sobraram apenas algumas como 12, 15 e 16. Escolhi a 12. Fomos campeões mundiais. Fui considerado por entidades como o Comitê Olímpico Brasileiro e a Confederação Brasileira de Futebol de Salão, como o melhor atleta do ano e o melhor jogador do mundo. E desde que abandonei a Seleção, esta camisa passou a ser muito disputada. Após minha saída, vestiram a mesma camisa craques como Vander Iacovino e agora quem a veste é Falcão, o melhor do mundo na atualidade."

JACKSON - camisa 12